Os escorregadio e indiciado Mares Guias passa para o ensaboado José Múcio o abacaxi federal
Toinho de Passira
Fontes: Informe JB, Blog do Noblat
Alguns abacaxis de grande porte, da base aliada, esperam o Ministro José Múcio no seu primeiro dia efetivo de trabalho a frente do Ministério das Relações Institucionais, o Informe JB de hoje destaca dois pontos cruciais que esperam o pernambucano:
O senador Geraldo Mesquita Júnior, (PMDB-AC), da base aliada ao governo, acusou de "corrupção", de "compra de votos" o subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência da República Marcos de Castro Lima, que tentou trocar a liberação de emendas parlamentares por apoio à aprovação da CPMF.
"Eu estava em audiência, e esse sujeito foi muito ousado. Ia entrando no meu gabinete, e foi preciso a Cláudia (chefe-de-gabinete) puxá-lo pelo colarinho".
Indagado sobre o que pretendia o assessor palaciano no assédio, Mesquita nem hesita:
"Ele queria conversar sobre liberação de emendas, esse processo corrupto que o governo adota. O governo não tem interlocução permanente e numa hora dessas - votação da CPMF - quer comprar o voto. O meu não está à venda, não está no balcão. Meu voto não é moeda de troca".
Weiller Diniz , no Informe JB, comenta que “Mesquita faz impiedosa e corajosa acusação de uma prática que é corriqueira entre governo e Congresso, mas é sempre escamoteada ou tolerada. Normalmente são oposicionistas que insinuam venda de votos, denunciam barganhas em off (na qual a fonte fica no anonimato), apontam fisiologismo e todos os métodos reprováveis.
Desta vez existe acusador, uma grave acusação e um acusado. Resta saber o que fará o governo. É da atividade parlamentar elaborar o Orçamento e apresentar emendas. Transformar o dinheiro público em uma espécie de tesouro privado para negociá-lo em troca de votos é que levou o Congresso ao fundo do poço onde está hoje.”
É bom lembrar que Marcos de Casto Lima, que tentou comprar o voto pró-CPMF do senador Geraldo Mesquita, até a semana passada tinha como patrão o denunciado por peculato Walfrido Mares Guia (PTB-MG). Seu novo chefe, José Múcio Monteiro (PTB-PE), antes de cair em campo nos corredores do Senado, vai precisar resolver um dilema para dar uma resposta à grave denúncia feita pelo senador Geraldo Mesquita:
Se demitir, fica a dúvida se o bom cabrito não berra. Se mantiver o assessor, significa que aprova os métodos de comprar votos por emendas. Seja qual for o desfecho, o voto do senador Mesquita já pode ser excluído da contabilidade do Planalto.
As emendas do senador Geraldo Mesquita - cuja liberação Marcos Lima tentou comprar - totalizam R$ 6 milhões, o que corresponde ao teto de emendas individuais. Mesquita - como os demais senadores - fez emendas para obras e investimentos em seu Estado. Treze foram empenhadas, o que não significa liberação, e as outras nem isso foram.
"As emendas não são para mim. São para o povo do Acre. Eles fazem isso para desmoralizar o Congresso. A mim não vão colocar contra a parede", protesta Mesquita.
O Ministro José Múcio vai ter que enfrentar também um novo foco de rebelião no senado, desta vez vinda do Partido da República, que a exemplo do PTB, do próprio Múcio, querem romper com o “comando da líder governista Ideli Salvatti (PT-SC) e exigir uma interlocução direta com o governo.”
Dos quatro senadores, do PR, três se rebelaram:
Senador Expedito Júnior, César Borges (PR-BA) e Magno Malta (PR-ES) - querem atuar de forma independente e só um, Senador João Ribeiro (PR - TO), quer ficar com a líder petista.
O bloco governista começou a novela da CPMF com 28 senadores. Com a saída do PTB e a prometida debandada do PR, vai cair para 18 senadores.
E o Ministro Mantega disse ontem, que o governo que já tem votos suficientes para aprovar a CPMF, será?
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