sexta-feira, 26 de outubro de 2007

PSDB: um Engov antes, outro depois


Muito comoventes as imagens dos tucanos almoçando com os petistas para ver qual será a melhor maneira de continuar a tungar os brasileiros.

Um erro muito repetido vira estratégia, certo? O PSDB comete o segundo. Logo, trata-se mesmo de um método. O primeiro importante foi não ter tentado o impedimento de Lula, na certeza de que ele cairia de podre. Não caiu. E as instituições é que apodreceram um pouco mais.

O segundo é este conúbio vergonhoso de agora, que torna o Apedeuta o condestável incontestável da política brasileira.

Das duas uma: ou Lula usa o PSDB e depois joga o bagaço fora ou transforma o partido em linha-auxiliar do petismo. Em qualquer dos casos, o PSDB prova que não existe como partido.

É evidente que está traindo 40 milhões de votos.

Estou aqui deixando à mão remédios antienjôo para enfrentar a retórica do adesismo altaneiro em nome dos interesses da pátria.

Há muitas diferenças entre o PT e o PSDB, sem dúvida. Uma das principais está no fato de que os petistas privilegiam o seu eleitorado, e os tucanos temem o deles e invejam o do outro.


Por Reinaldo Azevedo

Lula: biocombustível vai diminuir consumo de bebida

Ernani Alves
Direto do Rio de Janeiro


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender o uso de biocombustíveis, na manhã desta sexta-feira, durante visita a um centro de pesquisa da Petrobras no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Na ocasião, Lula chegou a dizer que o uso do álcool nos veículos pode colaborar com a redução do consumo de bebida alcoólica.
» Opine sobre o assunto:

http://www.terra.com.br:80/dnews/dnewsweb.cgi?cmd=xover&group=atualidades.brasil.Biocombust%EDvel_vai_diminuir_consumo_de_bebida_diz_Lula&from=&utag=&sub=y

"Imaginem que, logo, logo vocês vão estar todos utilizando carro, que não precisa mais beber nada porque vocês vão estar com o álcool tocando o motor de vocês. Então, vai diminuir a bebida pelo uso de álcool no motor do carro", disse o presidente durante a visita.

Lula distribuiu autógrafos nos jalecos dos técnicos da Petrobras que apresentavam o laboratório ao presidente e acompanhou alguns procedimentos adotados na produção de biocombustíveis.

O presidente pediu aos funcionários da Petrobras que estudem alguma forma de produzir uma pequena embalagem para colocar amostras de biocombustível. O objetivo, segundo ele, seria levar este material em viagens internacionais para apresentar a presidentes de outros países.

Redação Terra

CPMF - Não há oposição nesse país!!

O PSDB é a Geni do PT

A bancada do PSDB no Senado decidiu dar um prazo de 15 dias para que o governo apresente as suas propostas de mudanças na CPMF. Êêê tucanada! Mais 15 dias, é?
Vai para o trono ou não vai? Ah, claro que vai! E nem precisa ser na "ca-sa do Pe-drrri-nho"...

Repararam como os tucanos se colocaram como "OS" responsáveis pela CPMF? Lula conseguiu isso. Se a contribuição passar, a "culpa" será de quem? Dos tucanos, é óbvio, que ficarão com o ônus. E o bônus de ter o dinheiro livre para gastar como quiser será de Lula. Na campanha eleitoral, quando o candidato do PSDB fizer qualquer menção à carga tributária, ouvirá o óbvio: "Vocês aprovaram a CPMF e agora estão reclamando de quê?" E será uma verdade factual ao menos.

Parabéns! Mas justiça seja feita: os petistas não conseguiriam isso sozinhos. Sempre que querem dar um tiro no pé dos tucanos, chamam os companheiros bons de bico e ruim de vôo e dizem: "Venham aqui, que eu quero ajudá-los a se ferrar". E os tucanos, claro, vão. Eles têm atração pelas luzes do poder; são como as "mariposas" de Adoniran, "dando vorta em vorta da lâmpida". Tucanos acham uma injustiça ser de oposição. Então eles se comportam sempre como governo.

Que história é essa de esperar 15 dias, como se fossem a virgem pálida? O PSDB fica parecendo a mocinha que se guarda na torre, à espera dos sucessos de seu amor bandoleiro. Quando ele chegar, barbudo e resfolegante, cheirando a suor, então o partido, passinhos miúdos, olhar pudoroso, rostinho corado, fala mansa, olhar catito e sensual, apenas um véu diáfano a cobrir a nudez pudica, entrega-se ao forasteiro. O PSDB é a Geni do PT. E o forasteiro, vocês sabem, faz muita sujeira, lambuza-se a noite inteira, até ficar saciado.

Por que o PSDB não define uma pauta e diz: "Queremos isto?" A questão é saber o que quer a mocinha, não é? Eu tenho ao menos uma sugestão, que exporei no post seguinte. Mas é uma coisa muito radical. E tucanos jamais são radicais, como vocês sabem. Eles não são adeptos do "quanto pior, melhor". Isso nunca! Eles fazem o contrário: "Quanto pior pra nós (eles), melhor pra Lula. Gostamos assim".

Esquizofrenia
A questão não pára aí. E como fica a bancada tucana na Câmara, que votou em peso contra a CPMF? Que se mobilizou para tanto? Pendurada na brocha, coitada!, desautorizada pelos senadores. Trata-se, para ser generoso, de uma condução irresponsável do partido. É um troço melancólico. Não só o PSDB acabou sobrando com a responsabilidade de aprovar ou não a contribuição como a delegou exclusivamente à bancada de senadores.

A vigarice petista só prospera porque os que lhe fazem oposição aceitam fazer escada para os protagonistas. Querem um exemplo? Depois de ter livrado a cara de Renan Calheiros, só se vê Aloizio Mercadante (SP) na articulação para afastar o alagoano de vez, quem sabe cassá-lo. Procurem aspas dele ou de Ideli Salvatti em defesa da CPMF. Nada! Não são idiotas. Enquanto isso, a tucanada toda está de bico enfiado no debate da contribuição.

Lula deveria dar uma medalha aos tucanos de "Honra ao Mérito".

Mais: aprovada a CPMF, Lula não mais precisará do Congresso pra nada - menos ainda da oposição. Até 2010. Pode pegar o Zepelim, dar no pé e largar a Geni na cama, estropiada. As imagens são da música de Chico Buarque. Tucanos são progressistas e gostam de Chico Buarque.

http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/

terça-feira, 23 de outubro de 2007

EMENDA 29 DA CONSTITUIÇÃO GARANTE SAÚDE


Para garantir recursos à Saúde não é preciso aprovar a prorrogação da CPMF. Os recursos da Saúde estão assegurados na Constituição pela emenda 29.

"O que está acontecendo na Saúde é uma irresponsabilidade sem tamanho do governo Lula que não cumpre a emenda 29",
afirma o deputado Rodrigo Maia, presidente do Democratas. Dados do SIAFI indicam que, de 2003 a 2006, o governo Lula deixou de aplicar na Saúde o montante de R$ 4,3 bilhões, apesar da determinação constitucional. Isto é crime de responsabilidade. Um crime medonho que atinge milhares de pessoas que não encontram assistência na rede pública.

"O presidente Lula não pode seguir desafiando a supremacia das leis"
, assinala Rodrigo Maia. "O presidente da República, como todos os brasileiros, é obrigado a cumprir a Constituição", reitera.

BLOG DOS DEMOCRATAS

O abandono das Forças Armadas

O relato do brigadeiro Juniti Saito aos membros da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, sobre as condições operacionais da Força Aérea Brasileira (FAB), revelou um País com precária capacidade de defesa e praticamente nenhuma possibilidade de apoiar as ações da política externa que necessitem de alguma demonstração de força. Quando se considera que o estado de sucateamento não está restrito à Aeronáutica - os comandantes do Exército e da Marinha já passaram pela Comissão e seus relatos foram igualmente acabrunhadores -, a conclusão óbvia é que, há muito tempo, os governos abandonaram as Forças Armadas à sua própria sorte, numa demonstração de desinteresse pela defesa da integridade territorial do País e do modo de vida da população.

Há anos o governo destina às Forças Armadas um orçamento suficiente para o pagamento dos gastos com pessoal - e até para permitir o aumento dos efetivos militares -, mas é extremamente avaro quando se trata de prover os meios para reequipamento, manutenção e treinamento. Durante um longo período, também foi “normal” faltar recursos para a compra de fardamentos e de “rancho”, o que determinava expediente de meio-dia nos quartéis e fim antecipado do período de engajamento dos recrutas. Funcionando assim, com tal precariedade de meios, é claro que as Forças Armadas não poderão, numa emergência, cumprir com eficiência os seus deveres constitucionais.

Essa situação está claramente exposta em documento encaminhado há dias ao Congresso pelo Comando da Marinha, mas que se aplica às demais Forças. “A atual condição de aprestamento já representa uma perigosa redução da capacidade do sistema de defesa nacional, o que limita significativamente as opções do País para fazer frente a crises político-estratégicas”, adverte o documento. “A perda de credibilidade da capacidade dissuasória nacional tende a fragilizar a política externa brasileira em todos os foros de atuação e decisão”, conclui.

Não faltam números para demonstrar o estado de sucateamento a que chegaram as Forças Armadas. Na FAB, das 719 aeronaves possuídas, apenas 267 estão voando, enquanto 220 estão nos parques de manutenção. As restantes 232 estão no chão por falta de recursos para compra de peças. A FAB não tem mísseis ar-ar de médio alcance, mísseis ar-superfície, helicópteros de ataque e bombas inteligentes - equipamentos que constam dos inventários do Peru, Venezuela e Chile.

Na Marinha, menos de metade dos navios de combate está em condições de uso, e assim mesmo com restrições operacionais. Nos próximos três anos, 17 navios - ou 20% da frota - terão de dar baixa. O caso da corveta Barroso mostra em que pé está o programa de reaparelhamento da Força Naval: em construção há mais de dez anos, quando, um dia, ficar pronta estará tecnologicamente defasada.

A artilharia antiaérea do Exército, por falta de recursos para manutenção de computadores e componentes eletrônicos, tem capacidade de mira e disparos apenas manuais. Carros de combate produzidos na década de 1970 estão sendo reformados. Estão sendo comprados tanques de segunda e terceira mãos, enquanto o Chile compra a última geração do mesmo equipamento. Faltam recursos para a reposição de munição e há veículos em serviço que saíram da fábrica há mais de 30 anos.

As Forças Armadas brasileiras perdem hoje, por qualquer critério de comparação, para as do Chile, Peru e Venezuela, em termos operacionais. Essa situação não condiz nem com as pretensões do governo Lula de liderar a região nem com o cenário estratégico regional, crescentemente instável. A Venezuela de Hugo Chávez, por exemplo, desenvolve um programa de rearmamento, com modernos equipamentos russos, e uma política de confrontação capazes de desequilibrar a região. Há dias, ameaçou intervir militarmente na Bolívia para garantir o governo Evo Morales. De tempos em tempos, reivindica a região do Essequibo, equivalente a dois terços da Guiana. A situação na fronteira norte inspira cuidados.

O presidente Lula ignorou as advertências do então ministro da Defesa José Viegas sobre a iminência de um apagão aéreo e, quatro anos depois, deu no que deu. Agora, os comandantes militares alertam para algo vital para o País: o sucateamento das Forças Armadas e as trágicas conseqüências que daí podem advir. É bom ouvi-los.


O ESTADO DE SÃO PAULO

OBSERVATÓRIO DO COMPORTAMENTO

A ruína moral da nação
Gaudêncio Torquato

O Brasil precisa, mais uma vez, aprender com Montesquieu. Ele ensinava que os homens são administrados por um conjunto de coisas, como o clima, a religião, as leis, as máximas dos governantes, os exemplos dos fatos passados, os costumes, as maneiras. Daí resulta um espírito geral, que, em cada Nação, ganha um tom dominante. A natureza e o clima, por exemplo, determinam o modo de vida dos povos selvagens; as lições filosóficas e os costumes balizavam o governo na Roma Antiga; enquanto o maneirismo está na alma dos orientais. A preocupação central do autor de O Espírito das Leis era, porém, com a degradação do espírito geral das Nações, com a vitória dos vícios sobre as virtudes. Infelizmente, esse parece ser um cenário cada vez mais visível, eis que, ao lado do progresso material, se distingue na estampa internacional um quadro de exaustão, cujos matizes agregam fatores como quebra da lei e da ordem, anarquia crescente, Estados fracassados, ondas de criminalidade, máfias transnacionais, debilitação da família, declínio da confiança nas instituições, cartéis de drogas, enfim, o paradigma do caos.

Como nosso país se encaixa nessa leitura? A inserção é total.


Chegamos ao estágio terminal no campo da ética e da moral. De onde se pinça a indagação: qual tem sido o elemento central gerador para explicar o avançado grau de deterioração de costumes políticos e práticas sociais? A resposta abriga variáveis de natureza histórica e cultural, entre elas a superposição dos interesses pessoais sobre a força das idéias, porém a má qualidade da gestão política constitui, seguramente, um dos principais vetores do caos moral em que se afunda o País.

O descalabro aponta para a incapacidade dos Poderes, com ênfase no Executivo e no Legislativo, para cumprir a missão a que se dedicam. Traços deste panorama: trânsfugas são pintados como heróis; a banalização da violência amortece a sensibilidade social; o desprezo pelas leis (um dos maiores cipoais legislativos do mundo) expande a anomia e, conseqüentemente, a impunidade. O sábio Sólon dizia que dera aos atenienses “as melhores leis que podiam tolerar”. Os brasileiros ganham dos nossos legisladores as melhores leis que podem esquecer.

Não é de surpreender, portanto, que o espírito geral da Nação esteja de ponta cabeça. Cenas do cotidiano mostram a curva da inversão dos nossos valores. Em Maringá (PR),
o desempregado Jorge Luiz Melo, 19 anos, foi preso, dia desses, após praticar furto e roubo. Roubado por outros ladrões que lhe tomaram os objetos surrupiados, passou a ser a voz da consciência coletiva. Na cadeia, reclamou: “Maringá precisa de mais polícia nas ruas.”

A distinção que esse ladrão faz entre o roubo que praticou e o de que foi vítima se insere numa lógica de conveniências, a mesma que os atores políticos adotam. O cabeludo senador Wellington Salgado, acusado de sonegar milhões em impostos quando dirigia uma Universidade de sua família, diz-se tão ético quanto os colegas. Pego com a mão na botija, promete abandonar a política. Um rap de nome Ferréz retrucou em artigo um apresentador de TV, que, em texto no mesmo jornal, denunciara o assalto em que perdeu um Rolex, ridicularizando este por “pendurar o equivalente a várias casas populares no pulso”. Recebeu aplausos de admiradores. Virou moda achar que roubar relógio de rico é fazer a justiça dos pobres.


A estapafúrdia tese se encaixa na moldura da perversão nacional. O caso que envolve o presidente do Senado, Renan Calheiros, é um exemplo da iniqüidade. Tornou-se ele o epicentro da crise moral que arrebenta a instituição política.
Denúncias acumulam-se. Agora, é uma empresa sem sede, de um amigo de Calheiros, que amealha R$ 1 milhão dos cofres públicos. Mesmo assim é possível que o carcomido senador seja salvo pelo gongo de um acordo pelo qual renunciará ao comando da Câmara Alta. Se o Legislativo afunda, o Executivo vai à luta para aprovar a CPMF e garantir mais R$ 40 bilhões aos cofres públicos.
Pano de fundo: a dinheirama dessa Contribuição não consegue evitar a epidemia de dengue que assola regiões do País. No passado, o PT atribuía a dengue ao desleixo do governo. E agora? Lorotas abundam.

O vice-presidente da República, José Alencar, defende uma Constituinte exclusiva para a reforma tributária. É sempre assim. Na falta de vontade, o governo arruma desculpa mirabolante. Já o presidente continua a deslizar na insensatez. Produz máximas sem nexo. A última foi uma ode ao samba do crioulo doido.

No mesmo dia em que o governo promoveu o maior leilão de privatização de estradas federais, Lula atacou a privatização de ferrovias feita pelo antecessor.
Já dissera que choque de gestão é contratar pessoas, quando o inchamento da estrutura administrativa é sintoma de congestão, turbulência gerada por acumulação excessiva no corpo. Na África, elogia a democracia de um ditador que, há 20 anos, conduz com mão-de-ferro um país miserável, com 10 milhões de analfabetos.

A ausência de lógica se espalha na esteira de licenciosidade aberrante. O mercado de compra e venda nos balcões do Congresso está abarrotado de matéria-prima. Escassas são apenas as reservas morais, que ainda se vêem nas altas Cortes de Justiça. Nas religiões e credos, novos surtos de engajamento sinalizam o refúgio que fiéis desejam na mística da purificação. Forma de escapar da derrocada geral.
Mesmo assim, igrejas há que usam a fé como chave da botija.

As Forças Armadas, antigo depósito de autoridade, refluem sob o desamparo que lhes confere o governo. Aparatos policiais, como o da Polícia Federal, fazem operações espetaculosas. A taxa de moralidade se esvai ante o pedestal do marketing.

Até o clima entra na zona de rebaixamento geral, haja vista a flagrante devastação das reservas florestais. E os valores do passado, onde estão? Esmaecidos na névoa do tempo. Para despertar o gigante adormecido do porre moral, só mesmo a indignação, a mobilização dos cidadãos ativos, a pressão das ruas.

Gaudêncio Torquato, jornalista, professor titular da USP, é consultor político
O ESTADO DE SÃO PAULO

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

PEDIDO DE SOCORRO!


Incomparáveis

Olavo de Carvalho -
Diário do Comércio, 15 de outubro de 2007

Trinta anos atrás, em 12 de outubro de 1977, uma grave crise no meio militar levou à demissão do ministro do Exército, general Sylvio Frota, pelo presidente Ernesto Geisel. As causas foram muitas, e o próprio Frota as descreve com abundância de detalhes em seu livro de memórias, Ideais Traídos (Rio, Zahar, 2006), mas no fundo de tudo havia uma divergência ideológica insanável. Frota permanecia rigidamente fiel ao objetivo do movimento de 31 de março de 1964, que era livrar o país do comunismo.

Geisel abriu o caminho para que os comunistas tomassem o país de volta, deu dinheiro dos nossos impostos para ajudar Cuba a matar uns dez mil angolanos e instalar uma ditadura socialista na antiga colônia portuguesa, inchou a burocracia estatal o quanto pôde e diluiu a velha aliança entre o Brasil e os EUA, mesmo ao preço de assinar um desastroso acordo de energia nuclear com a Alemanha. Dizem que fez tudo isso inspirado pelo grão-estrategista do regime, general Golbery do Couto e Silva. Não sei. O que sei é que, das duas uma: ou ambos eram, em segredo, cúmplices da esquerda, ou eram totalmente cegos para os resultados previsíveis de suas ações.

Qualquer que fosse o caso, quem examinasse objetivamente a política de Geisel naquela época, com um pouco de compreensão do processo histórico, poderia prever que seu desenlace a médio ou longo prazo seria precisamente o que foi: os comunistas no poder, a obra do movimento de 1964 destruída, as Forças Armadas sucateadas e humilhadas, o triunfo geral da desordem e do crime em estreita parceria com a revolução continental. Pelo pecado de ter compreendido a realidade, o general Sylvio Frota perdeu o cargo e ainda foi carimbado como um linha-dura grosseirão, incapaz de ombrear-se ao superior tirocínio dos iluminados Geisel e Golbery.

Não, não estou lamentando o fim da ditadura. Não gostei do regime militar enquanto durou, nem lhe perdôo agora seus inumeráveis pecados, a começar pela ruptura da promessa de eleições livres em seis meses, pela destruição da maior liderança civil anticomunista que este país já teve -- Carlos Lacerda --, e pela fuga ao dever do combate cultural, que, se empreendido em tempo, não só teria frustrado de antemão as ambições belicosas mais imediatas da esquerda, livrando as Forças Armadas de comprometer-se na subseqüente “guerra suja”, mas teria também estrangulado no nascedouro o projeto gramscista que, protegido sob a atenção exclusiva dada pelo governo militar às ações da esquerda armada, teve tempo de crescer em silêncio e transformar-se no que é hoje.

O que quero dizer é simplesmente que não há comparação possível entre os males da ditadura nacional e o caos ignóbil e sangrento que a esquerda prometia ao país. Prometia e, decorridas quatro décadas, está realizando. Cinqüenta mil homicídios por ano, a corrupção endêmica e incontrolável, a juventude intoxicada e imbecilizada pelas drogas enquanto o governo afaga a cabeça das Farc, o Estado transformado em apêndice do PT e agência de empregos para militantes, a educação nacional reduzida à pregação comunista mais estupefaciente, a Amazônia desnacionalizada desde dentro pela subversão descarada das “nações indígenas” e de fora pelo intervencionismo galopante das ONGs e da ONU – é preciso ser muito sonso para imaginar que tudo isso é mero acúmulo casual de incompetências e não a realização metódica de uma gigantesca engenharia da destruição.

Também não há comparação possível, na esfera moral, entre os oficiais militares brasileiros – a última categoria de pessoas nas quais o povo ainda deposita alguma confiança – e os comunistas que hoje se fazem de seus juízes, preparando-se velozmente para tornar-se seus carrascos.

Basta examinar um só aspecto da psicologia comparada, entre os dois grupos, para notar a diferença medonha.

Ninguém, nas nossas Forças Armadas, enaltece os excessos e brutalidades cometidos em nome do movimento de 1964. Seja entre os remanescentes da época, seja entre os oficiais mais jovens, todos entendem que uma coisa é combater guerrilheiros em campo aberto, outra completamente diversa é torturar, estrangular ou matar à míngua prisioneiros desarmados.

Mas quem, na esquerda, admite que esses crimes não são piores do que matar inocentes com atentados a bomba, seqüestrar e matar representantes de outros países, assaltar bancos e, last not least, esmigalhar a coronhadas a cabeça de um prisioneiro amarrado?

Quem, na esquerda, admite que, se estes delitos foram anistiados, aqueles também o foram de uma vez para sempre? Quem, na esquerda, entende que não há crimes bons e crimes ruins, que tudo o que é feito contra a lei e contra a moral é mau em proporções iguais?

Não, não há nada que os apóstolos da igualdade abominem mais do que a igualdade de valor entre as vidas humanas. As deles valem o infinito. As dos outros, nada.

Eles cobram tão caro os seus trezentos militantes mortos pela ditadura brasileira, e ao mesmo tempo barateiam de tal modo os cem milhões de vítimas civis do comunismo internacional, que nenhum observador em seu juízo perfeito, vendo tão patente e brutal desproporção, pode deixar de saber que está diante de sociopatas perigosos, desprovidos dos mais elementares sentimentos humanos de eqüidade e justiça.

Não é admissível que uma pessoa adulta, supostamente razoável, pese vidas humanas numa balança tão obviamente viciada, concedendo a umas a dignidade intocável do sagrado e atirando distraídamente as outras ao lixo como detritos ocasionais do processo histórico (isso quando não lança sobre elas mesmas a culpa do acontecido, por sua obstinação pecaminosa de rejeitar a oferta do paraíso comunista), e depois ainda queira posar de bem intencionada, generosa e carregadinha de virtudes evangélicas.

O comunismo, como o nazismo ou qualquer outra ideologia revolucionária, é uma hedionda tara moral, e nenhum indivíduo que tenha sua mente deformada por ela, no grau mais modesto que seja, deve ser considerado um interlocutor confiável nem mesmo em puros debates de idéias, quanto mais na politica prática, com todas as conseqüências que desencadeia sobre a vida das multidões.

Nenhum conservador, por mais que odeie o comunismo, aceitará jamais a proposta de erradicá-lo do mundo mediante a liquidação de cem milhões de comunistas. Ser conservador é precisamente recusar, com todas as forças, a idéia insana de que alguém tenha o direito à prática da violência generalizada em nome da promessa de um futuro vago e hipotético, a ser cumprida em data incerta e por um preço incalculável. Para os comunistas, ao contrário, essa idéia não só é natural como obrigatória, pois é ela que os transforma naquilo que Che Guevara chamava de “o escalão mais alto da espécie humana”. A expressão está aliás reproduzida na breve coletânea de frases memoráveis do ex-ministro cubano da Economia, que o dr. Emir Sader reuniu e fez preceder de considerações apologéticas tão enfáticas que raiam a hagiografia pura e simples. Leiam e verão: é difícil saber quem é mais psicótico, o culto do Che ou o próprio Che. Aquela mistura de ódio sanguinário, auto-admiração desmedida e sentimentalismo kitsch é por si um mostruário de psicopatologia, e o fato de que nem o antologista nem seus leitores percebam o grotesto da coisa é mais sintomático ainda.

Exemplo: "Nosso sacrifício é consciente. É a cota que temos de pagar pela liberdade que construímos." O sujeitinho mata milhares de civis desarmados, e diz que quem faz o sacrifício é ele.

Quem pode esperar resolver suas divergências com um celerado desses mediante a convivência democrática, tapinhas nas costas e argumentos racionais?

Sylvio Frota tinha razão: a “abertura” do general Geisel abriu mesmo foi as portas do inferno.

Fugindo da escola


quinta-feira, 11 de outubro de 2007

CARTAZ PATROCINADO PELA PETROBRÁS

O que é isto?

Os bolchevistas de plantão estão atacando em todas as frentes!!! São os chamados petistas históricos!!!

Atente bem para o que traduz a imagem e as palavras desta publicidade.



Mas não é que eles perderam o pudor, a prudência e ficaram só com a ousadia?

Nada como um segundo mandato para botarem as garras de fora!

Além do mais, isto é o que se prega livremente nas escolas dos acampamentos do MST, para a meninada.

Gastos de empresa pública para divulgar a ideologia política socialsta do século 21 de Chavez é imoral e ilegal.

Quando os que mandam perdem a vergonha, os que obedecem perdem o respeito.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Vamos vaiar o Lula????

VOCÊ QUER VAIAR LULA PELA INTERNET?


Chega de engolir sapo! Você quer vaiar o presidente Lula pela internet? É simples. Estamos publicando o formulário para você escrever "UUUUHHHH, Presidente, estou lhe enviando esta vaia porque seu governo é corrupto e incompetente" e enviar diretamente à Presidência da República.

Você pode aproveitar e perguntar o que quiser ao presidente Lula como, por exemplo, a verdade sobre o mensalão, o maior escândalo de corrupção da história deste país. Não perca tempo!

Clique aqui e envie seu protesto ao presidente Lula:
https://sistema.planalto.gov.br/falepr/exec/index.cfm?acao=email.formulario&CFID=2760224&CFTOKEN=15789131

Blog oficial do DEMOCRATAS, o Partido de um novo Brasil
"http://www.blogdemocrata.com.br/">http://www.blogdemocrata.com.br/

SENADO VAI ÀS COMPRAS

O Senado gastou R$ 19 mil na loja Shanon Moda Masculina e R$ 25,6 mil na Proroupas Confecções. Torrou ainda R$ 14,5 mil na Coperson Áudio e Vídeo e R$ 7,9 mil para adquirir mobiliário. As informações são da ONG Contas Abertas.

Referem-se à "rouparia hospitalar" para uso da Secretaria de Assistência Médica e Social e equipamentos para TV Senado, informa a assessoria do Senado. nos dois casos adquiridos por pregão.

Do Blog: http://www.claudiohumberto.com.br/

DEMOCRATAS E PSDB EM DEFESA DO SENADO


Basta de ilegalidade, de truculência e de falta de decoro. O Democratas e o PSDB decidiram entregar ao Conselho de Ética do Senado nova representação contra o senador Renan Calheiros por quebra de decoro parlamentar.

Calheiros é acusado, neste quinto processo, porque está usando a estrutura funcional do Poder Legislativo para montar esquema de espionagem contra seus oponentes.

Assessor da presidência do Senado, que trabalha diretamente com Renan Calheiros, foi flagrado tentando espionar os senadores Marconi Perillo (PSDB-GO) e Demóstenes Torres (DEM-GO). A ação ilegal de Renan contra Demóstenes e Perillo não é ato isolado.

O presidente do Senado faz ameaças e chantagem, valendo-se de informações que só detém por ter o controle da Casa, desde que foi acusado, há cinco meses, de usar dinheiro de um lobista da empreiteira Mendes Júnior para pagar pensão à mãe de sua filha.

- "Vamos apresentar a representação em conjunto com o PSDB", diz Agripino. Segundo ele, é fundamental neste momento recuperar a credibilidade da Casa.

- "Há um movimento suprapartidário. Não é derrubar o Renan, mas resgatar a credibilidade do Senado", explica.

Do Blog dos Democratas:

LULA JÁ ENTREGOU QUASE R$ 2 BI PARA ONGs


Do Cláudio Humberto:

"A CPI das ONGs no Senado terá muito trabalho. Levantamento do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), em poder desta coluna, indica que só em 2007 (até 6 de outubro) o governo Lula destinou R$ 1 bilhão e 832 milhões para "entidades privadas sem fins lucrativos", como as tais "organizações não-governamentais" (ONGs). Para o Tribunal de Contas da União, o governo não fiscaliza como deveria a aplicação desse dinheiro.

O Ministério de Ciência e Tecnologia é o campeão na liberação de dinheiro para as ONGs. Só este ano, já transferiu R$ 417,4 milhões. Outros ministérios que mais transferiram recursos públicos para ONGs em 2007 foram os da Saúde (R$ 305,2 milhões) e Esporte (R$ 251 milhões).

O Ministério do Desenvolvimento Agrário liberou até agora, este ano, R$ 133,6 milhões para ONGs, grande parte ligada a entidades de sem-terra. Os ministérios da Educação (R$ 178,2 milhões) e Turismo (R$ 107,2 milhões) também são "generosos" com entidades "sem fins lucrativos".

REAÇÃO AO CANGAÇO NO SENADO


O Estado de S. Paulo

Editorial

A tal ponto chegaram os abusos do presidente do Senado, Renan Calheiros, que está em vias de se consolidar na Casa, ecoando na Câmara dos Deputados, uma frente suprapartidária contra os movimentos da escória de que o político alagoano se utiliza para se servir desbragadamente do poder. Nos últimos dias, a justaposição de uma "canalhice", na expressão do senador acreano Geraldo Mesquita, do mesmo PMDB de Calheiros, com uma "sem-vergonhice sem limites", nas palavras do seu colega goiano Demóstenes Torres, do DEM, deve desencadear, a partir de hoje, ações efetivas de repúdio, compartilhadas por integrantes de siglas habitualmente adversárias, contra a transformação do Senado em "chiqueiro", no dizer do democrata - ou, o que talvez seja mais apropriado, numa caatinga onde imperam as leis do cangaço.

A "canalhice" - que chegou a enojar o próprio presidente nacional do PMDB, Michel Temer - foi a substituição sumária, na quinta-feira passada, de dois peemedebistas históricos, o pernambucano Jarbas Vasconcelos e o gaúcho Pedro Simon, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Ambos são conhecidos por sua independência diante do governo de que a sua legenda é a principal parceira e por sua insistência no afastamento de Calheiros da direção do Senado até a apuração cabal das denúncias levantadas contra ele por afronta ao decoro. Já a "sem-vergonhice" está contida na revelação, divulgada no dia seguinte na internet pelo jornalista Ricardo Noblat e detalhada na edição da revista Veja que foi às bancas sábado, de que um assessor de Calheiros, o ex-senador Francisco ("Chiquinho") Escórcio, teria tentado montar um esquema para bisbilhotar o senador tucano e ex-governador de Goiás Marconi Perillo e o já citado Demóstenes Torres.

O disparo que atingiu Vasconcelos e Simon saiu da arma do líder do PMDB, Valdir Raupp, de Rondônia. Não poderia ser de outra forma: são os líderes que, em última instância, designam os representantes partidários nas comissões do Legislativo. Mas é claro como o sol que a ordem de puxar o gatilho partiu de Calheiros. Foi um dos seus mais notórios paus-mandados, o "franciscano" mineiro Wellington Salgado, por sinal cheio de contas a acertar com a Justiça, que sugeriu a eliminação dos correligionários, num jantar na casa de Raupp, na terça-feira passada. No dia seguinte, o mesmo Salgado investiu contra Vasconcelos em plenário por apoiar o projeto de resolução pelo qual senadores envolvidos em denúncias devem se afastar dos cargos que exercerem no Senado - iniciativa motivada pelos escândalos em seqüência colados à pele de Calheiros. Não bastasse isso, o seu maior lambe-botas, Almeida Lima, de Sergipe, foi para o lugar do pernambucano.

Tampouco paira a menor dúvida sobre a origem da tentativa de espionar os dois senadores goianos, abortada pela aparente recusa do dono de um hangar em permitir que eles fossem filmados ao embarcar ou desembarcar ali. A idéia, naturalmente, era a de colher imagens comprometedoras que serviriam para chantageá-los. Chiquinho Escórcio, apontado como o operador da baixaria, teria dito ao dono do hangar, Pedrinho Abrão, na presença de dois advogados:
- "Renan está montando um dossiê contra os senadores que votaram a favor da cassação dele. Vamos ter de estourá-los." Perillo e Torres fazem parte do Conselho de Ética. Quando os renanzistas tentaram tornar secreta a votação sobre o primeiro dos quatro processos contra Calheiros que chegaram ao colegiado, Perillo e Torres figuraram entre os resistentes ao golpe. O alagoano, de resto, já fez saber que recorreria à chantagem para calar os adversários.

Mal haviam começado os seus problemas, tentou intimidar o pedetista amazonense Jefferson Péres, o democrata potiguar José Agripino Maia, além de Pedro Simon. Agora, ao ordenar a defenestração do gaúcho da CCJ, terá pretendido acertar dois alvos com um tiro só. Além da vingança pessoal, se tornaria credor do Planalto por remover um opositor da prorrogação da CPMF da comissão que examinará a constitucionalidade da proposta. (O mesmo vale para Vasconcelos.) Senadores de diversas siglas, entre os quais pelo menos cinco peemedebistas, já exigiram que a patifaria fosse desfeita. E estão dadas as condições para um quinto processo contra Calheiros, agora por uso do cargo em benefício próprio - uma abjeção a olho nu.

domingo, 7 de outubro de 2007

ELES ESTÃO ACHINCALHANDO O SENADO


A semana política começa com uma questão essencial: é preciso intensificar a frente de resistência ao presidente do Senado, Renan Calheiros. Há cinco meses, com o apoio do presidente Lula, do PT e dos aliados do governo no PMDB, o senador Renan Calheiros desafia o país com sua truculência. A convivência respeitosa e civilizada que predominava entre os senadores foi substituída pelo desrespeito e pela desconfiança.

O ambiente ficou pior na semana passada quando Renan Calheiros reiniciou escalada de perseguição a quem não se curva a seus desmandos. Primeiro, ele comandou a remoção dos senadores Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Pedro Simon (PMDB-RS) da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Logo a seguir, soube-se que um assessor do presidente do Senado, Francisco Escórcio, havia sido flagrado em Goiânia tentando espionar os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO).

Cumpre constatar, depois disso, que a crise no Senado foi longe demais. Nunca passou pela cabeça de ninguém que as coisas pudessem chegar a este ponto. E não pode passar pela cabeça de ninguém que elas possam continuar como estão. Não podem.


Do Blog dos Democratas:
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GASTOS DO GOVERNO LULA AUMENTAM 60%


As despesas do setor público têm crescido de forma acelerada nos últimos anos. Considerando-se os três níveis de governo (municipal, estadual e federal), os gastos da União são os que estão crescendo de forma mais significativa. De 2000 a 2006, o poder público teve um acréscimo de despesa total de 48,8% enquanto as despesas federais tiveram elevação de mais de 60%.



Blog oficial do DEMOCRATAS, o Partido de um novo Brasil
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A MELHOR FOTO DO ANO!




sábado, 6 de outubro de 2007

Augusto Nunes

na Gazeta Mercantil de quarta.

Parece coisa de Garcia Márquez

3 de Outubro de 2007 - O Brasil nasceu por engano, porque buscavam o caminho das Índias, não terras à espera de visitantes vorazes, as três caravelas que em abril de 1500 perderam o rumo tão espetacularmente que acabariam perdidas no outro lado do planeta se não tivessem topado, no meio da rota equivocada, com aquele mundão de praias infinitas, areias brancas lambidas por ondas verdes ou azuis, matas e flores espantosas, muita fruta sumarenta e, melhor que tudo, todo mundo nu.

O Brasil nasceu predestinado à safadeza, avisava aquela gente cor de cobre, sem roupas no corpo nem pêlos nas partes pudendas, os homens prontos para trocar preciosidades por quinquilharias, as mulheres prontas para abrir o sorriso e as pernas para qualquer forasteiro, pois nenhum nativo sabia que havia pecado do outro lado do grande mar, e portanto não era temente a um Deus que desconhecia.

O Brasil nasceu carnavalesco: nem um Joãosinho Trinta em transe com o baticundum juntaria na Sapucaí um padre de batina erguendo o cálice sagrado, navegantes fantasiados de soldados medievais, marinheiros em trajes de domingo, índios com a genitália desnuda, a cruz dos cristãos contrastando com arcos, flechas e bordunas, reproduzindo a paisagem da primeira missa no Brasil, coreografada involuntariamente pelo frei Henrique Soares.

O Brasil balançou no berço da maluquice desde o primeiro minuto. Marujos ainda mareados pela travessia do Atlântico e perturbados pela visão do paraíso decidiram que aquilo era uma ilha, e ilha das boas, e se chamaria Ilha de Vera Cruz, e assim a chamaram até perceberem, incontáveis milhas depois, que era muita orla para uma ilha só, e pareceu-lhes sensato rebatizar o lugar com o nome de Terra de Santa Cruz, porque disso ninguém duvidava: era firme a terra em que haviam pisado.

O Brasil nasceu com muita preguiça e pouca pressa. Passou a infância na praia, e demorou quase 200 anos para animar-se a escalar o paredão que separava o litoral do Planalto, e esperaria mais um século até aventurar-se pelos sertões estendidos por trás da cortina de mata virgem, porque sempre deixou para depois o que podia ser feito agora.

Passados mais de 500 anos, a geléia geral brasileira só não merece o estigma da incoerência, pois o Brasil parido pelo equívoco hostilizou os civilizadores holandeses para manter-se sob o jugo do império português, o Brasil amalucado teve como primeira e única rainha uma louca de hospício, o Brasil da safadeza forjou a dupla Pedro Primeiro e Chalaça, o Brasil preguiçoso foi o último a abolir a escravidão, o Brasil sem pressa foi o último a virar República, o Brasil carnavalesco inventou a primeira-dama por uma noite e sem calcinha.

A troca de regime não mudou a essência da alma nacional, informa o cortejo dos presidentes do Brasil republicano, que parece coisa de doido mesmo aos olhos de um Garcia Márquez por incluir, entre tantos destaques, um cinquentão caduco, um napoleão de manicômio, um general com radinho de pilha no coldre, outro que não resistia ao cheiro de cavalo, um topete sem cérebro, um cérebro sem neurônios e um criminoso vocacional.

O país nascido sob o signo da insensatez teve um imperador com 5 anos de idade e hoje é governado por um presidente que freqüentemente lembra um aluno de jardim-de-infância. Com um órfão no trono, não sentiu tanto medo. Com um sessentão no comando, o Brasil que pensa se sente sem pai nem mãe.

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 9)(Augusto Nunes - Diretor Editorial - Grupo CBME-mail: augusto@jb.com.br )

RASTILHO DE PÓLVORA VIRTUAL


INTERNET FUNCIONA COMO UM RASTILHO DE PÓLVORA VIRTUAL
por Aluízio Amorim

No último sábado aqui em Florianópolis pude testemunhar in loco o movimento de protesto pela ética na política e contra a corrupção organizado pelas comunidades Grande Vaia e Fora Lula alojadas no Orkut. Trata-se de manifestação sem vinculação a qualquer partido político. E o fato curioso é que todos esses eventos são organizados basicamente através de internet, sobretudo a partir das várias comunidades do Orkut e com o apoio de blogs independentes.

No último sábado, aqui em Florianópolis, pela primeira vez, aconteceu um dessas manifestações na movimentada Av. Beira Mar, mobilizadas pela comunidade Fora Lula, do Orkut, que já conta com cerca de 200 mil participantes e pelo Movimento Grande Vaia, criado a partir da sonora vaia que Lula recebeu no Maracanã, por ocasião da abertura do PAN, e que já tem uma página na internet e também se articula através do Orkut, dos blogs e do YouTube.

Esses movimentos por enquanto não reúnem grande número de pessoas nas ruas, mas envolvem milhares de pessoas no âmbito da internet! Além das páginas do Orkut com debates e convocações, no site YouTube há dezenas de vídeos registrando esses acontecimentos em diversas capitais do país. Experimente ir até lá e digitar "grande vaia" ou "fora Lula" dê um enter e veja uma torrente de vídeos que aparece.

No último sábado fui à Av. Beira Mar, aqui em Florianópolis, quando tive um contato direto com o pessoal que coordena o movimento Fora Lula, do Orkut e também com o grupo Grande Vaia. Pude constatar que em sua maioria são jovens, muitos estudantes, gente esclarecida, educada e ordeira.

Tudo completamente diferente de todos os movimentos de rua que já pude testemunhar na condição de profissional do jornalismo. Nada se compara com o que está acontecendo atualmente no Brasil. É algo completamente novo, surgido de uma nova geração que praticamente já nasceu com o computador e a internet e que desenvolve uma rede de relacionamentos impressionante!

Neste sábado, provavelmente tenha postado em primeira mão as fotos de protesto aqui em Florianópolis em meu blog. Em questão de minutos a postagem espalhou-se pelo Orkut indo parar, inclusive, o site do jornalista Cláudio Humberto, que deu a notícia com as fotos e o link para o meu blog. Pude acompanhar a reação quando, através do Site Meter (monitor de entradas do blog), o blog registrou durante toda a noite e madrugada centenas de entradas a partir do Orkut.

Foi como acender um rastilho de pólvora. Os acessos ao blog não se limitaram aos internautas brasileiros, mas também dos Estados Unidos, Japão, Inglaterra, Canadá, além de outros países. Todos esses acessos, ou pelo menos a maioria, foram provenientes do Orkut. Ainda nesta quarta-feira o blog continuou bombando, sendo acessado por dezenas de internautas a partir do Orkut.

Mesmo que os jornalistas da grande mídia ataquem, minimizem, desprezem e escamoteiem informações a respeito, a internet se encarrega de furá-los. Há cerca de 60 milhões de usuários do Orkut! Milhares de blogs independentes. Há toda uma gama de fatos a indicar que esses movimentos de protesto tendem a crescer de forma espantosa na medida em que se universaliza o uso do computador. No ano que vem haverá eleições e o impacto da internet será muito maior do que aquele registrado no último pleito.

Enganam-se aqueles que pretendem dimensionar esses movimentos pela ética na política e contra o governo Lula pelo número de pessoas que vão às ruas. Como afirmei, a internet é como um rastilho de pólvora. Em minutos e até mesmo segundos, milhares de pessoas em qualquer parte do Brasil e do mundo estão trocando informações e debatendo sobre um evento que pode ter reunido apenas meia dúzia de pessoas numa das ruas "deste país".

O impacto da tecnologia na esfera da política está apenas no começo. Portanto, tremam petralhas!

http://oquepensaaluizio.zip.net

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

FRACASSO DOS DESGOVERNOS CIVIS

FRACASSO DOS DESGOVERNOS CIVIS E A DESONRA DAS FORÇAS ARMADAS

-“Que ninguém se iluda apesar dos desmentidos de praxe: o terceiro mandato é uma compulsão para o PT, devendo constituir-se, também, numa "obrigação" para o presidente Lula, quando chegar a hora de rasgarem a Constituição.” Carlos Chagas.

“Acompanhando atentamente o noticiário, venho notando, e acredito que muitos de vocês também notam, que este desgoverno imoral tem constantemente tentado desmoralizar e jogar a opinião pública contra os Militares até tentando forçá-los obedecer a ordens ilegais como esta para escorraçar brasileiros em Roraima que seria imensamente utilizada contra a imagem dos Militares, mostrando-os como inimigos da Nação...”
Verena Italy


A esquerda prostituta da política e corrupta está levando o país a um impasse rigorosamente irresponsável.

O apodrecimento dos poderes da República, afundados em escândalos de corrupção e no corporativismo meliante, por obra e graça das “gangs dos quarentas”, e a impunidade dos protegidos da canalha prostituta da política petista, impunidade que desafia a lógica da Justiça diante da opinião pública, coloca a sociedade a um passo de assumir, em definitivo, que a honestidade, a ética e a moralidade são valores rigorosamente ultrapassados na luta pela sobrevivência pessoal de cada um de nós.

O descaramento é tanto que o próprio presidente da República diz, publicamente, que não acredita que o seu apadrinhado JD tenha alguma culpa no cartório, colocando em xeque a seriedade do Procurador Geral da República e do STF, que tem lhe prestados relevantes serviços.

A única “honestidade” que ainda funciona no país parece ser aquela que nos é cobrada pela força da “Justiça” que no que diz respeito ao pagamento compulsório de impostos para sustentar uma camarilha de canalhas e seus cúmplices que se apoderam todos os dias do poder público com seus militantes virando assalariados e “sinecuristas” do Estado corrupto.

Pior do que tudo isso é que o nascedouro da patifaria da destruição de valores de nossa sociedade – conseqüentemente da própria família - está dentro do poder público que deveria dar os maiores e melhores exemplos de moralidade e ética para a sociedade. Somos os palhaços que trabalham mais de cinco meses por ano para pagar aqueles que nos tratam como meros imbecis e covardes.

Depois de tomar o poder público com milhares de militantes do PT e seus cúmplices, a insistência dos comunistas em colocar, sistematicamente, os militares contra a parede é inconseqüente, vulnerabilizando e equilíbrio entre o poder militar e o poder civil e, conseqüentemente, a subordinação do primeiro ao segundo, tendo em vista que um militar não pode aceitar, com disciplina ou respeito, uma subordinação às “gangs de quarentas”, que farão das Forças Armadas suas tropas de choque para submeter o país à vigência de um Estado Comunista de Direito corrupto, prevaricador e assassino.

Nossos militares têm vergonha na cara, dignidade, honra, e amor à pátria, apesar de paralisados pelo respeito a uma fantasia de democracia civil corrupta, que transferiu o regime militar para a vigência de uma disfarçada ditadura civil. A omissão, a passividade, ou a covardia de enfrentar a necessidade de destituir um desgoverno civil, rigorosamente corrupto e prevaricador, têm limites, e os comunistas estão ignorando, sem qualquer pudor, este fato.

Os governos civis esqueceram que sua obrigação era fazer no mínimo o que os militares fizeram pelo país durante o regime militar. Contrariamente, ficaram décadas alimentando a corrupção e a prevaricação no poder público com a cumplicidade de um antro da política prostituída chamado Congresso Nacional, fazendo a ponte entre o ilícito privado e o corrupto público.

Enquanto o país patinava ano após ano, com sua economia tendo crescimentos pífios, e a educação entrava na rota da decadência, a esquerda prostituta semeava, principalmente dentro da academia, as bases ideológicas de um sórdido socialismo populista, porque visa, unicamente, a conquista do poder pelo poder, para fazer do Estado um verdadeiro bunker de canalhas comunistas, corruptos e prostitutos da política, todos com garantias de empregos e sinecuras, bastando apenas ser corrupto ou prevaricador, e se aliar à traição do país.

Se alguém quiser fazer um balanço dos desgovernos civis não precisa consultar nenhum desses hipócritas gurus economistas de avaliação do passado que, com seus discursos corporativistas eivados de meias verdades ou simplesmente mentiras, ficam ganhando a vida prestando relevantes serviços aos poderes corruptos instituídos para manipular uma opinião pública majoritariamente imbecilizada pela falência da educação e da cultura.

Para perceber a desgraça política que nos atinge, e o risco da mediocridade econômica, basta apenas ter bom senso e capacidade de enxergar o óbvio.

O Brasil, depois dos governos militares, nas mãos dos prostitutos da política, ficou pior em quase todas as todas as áreas, comparativamente às necessidades de desenvolvimento para geração de empregos e bem-estar social, com uma única exceção que é a do mercado financeiro.

Nosso país vive a reboque das benesses de financiamentos com os maiores juros do mundo – pagos pelos palhaços dos contribuintes – e da demanda de mercado internacional ávido para importar. O mercado interno sofre as limitações naturais de uma economia que se faz à custa de cada vez mais exportações restringindo o consumo interno pela limitação de renda, pelo contingenciamento da oferta, pelo controle da inflação, pela falta de empregos, e pelos juros cobrados aos idiotas dos eleitores. Enquanto isso os ricos fazem a festa com a sofisticação de uma demanda inalcançável para mais de 90 % da sociedade.

O único setor que não tem o que reclamar é o mercado financeiro – banqueiros, executivos e seus investidores – que de intermediário entre os poupadores e os demandantes de recursos para investir na geração de empregos, virou um cassino de cartas marcadas onde o grande perdedor é o contribuinte que paga a conta do enriquecimento incontrolável dos aplicadores em títulos públicos e dos grupos executivos que vivem no conforto das nababescas estruturas gerenciais e diretivas das instituições financeiras.

Quando se escolhe a luta armada para combater um sistema político não se deve esperar dos “inimigos” carinhos nos combates, pois o desrespeito à vida já ocorre quando se coloca uma arma na mão para se defender uma causa. A atitude da opção armada pode ser inevitável, mas o resto é conseqüência, e os guerrilheiros de plantão da esquerda ou da direita sabem muito bem disso.

Não se pode negar que exageros foram cometidos durante o regime militar, que estava simplesmente defendendo nosso país das mãos do socialismo corrupto e prevaricador, sendo que as marcas da sordidez socialista apareceram em toda a sua plenitude no desgoverno do PT, que assumiu o controle dos podres poderes da República graças ao fracasso da era FHC e ao maior estelionato eleitoral de nossa história.

Mas, o que tem acontecido durante os desgovernos civis, coloca os governos militares como virtuosos, apesar das mortes violentas na luta contra o terrorismo de esquerda.

Estamos vivendo há décadas, durante os desgovernos civis, um verdadeiro genocídio disfarçado nas conseqüências da exclusão social, na falência da educação e da cultura, na falência do sistema de saúde, na falência da segurança pública entre tantas outras mazelas de desgovernos corruptos e prevaricadores, submetidos ao comando de oligarquias políticas prostituídas que deveriam ser perfiladas em um paredão da vergonha como justa punição pelas desgraças que têm provocado na vida de milhões de cidadãos.

As grandes metrópoles já viraram redutos de guetos residenciais em que milhões de cidadãos não têm oportunidade de trabalho, educação e saúde, ficando todos nas mãos da informalidade do mercado de trabalho do ilícito, do crime organizado e do tráfico de drogas, particularmente consumidas pelos milhares de hipócritas que tem poder de compra para financiar seus vícios, com seus representantes da classe média e das elites depois aparecendo na TV Globo para falar mal da violência. Gente calhorda!

Perto dos erros cometidos pelos militares, os pecados dos desgovernos civis merecem críticas muito maiores que não são feitas pelos que se vendem ao socialismo corrupto, pelos terroristas, ladrões de bancos, e seqüestradores, que durante o regime militar optaram pela traição à nossa pátria e hoje são indenizados pelos seus crimes, se tornando milionários, enquanto os civis e militares brutalmente assassinados pelos comunistas apenas têm o lamento de suas famílias que perderam seus entes queridos.

Na verdade, as críticas do PT aos governos civis que, muitas vezes, não conseguiam colocar em prática medidas positivas devido à sistemática e irresponsável postura dos seus principais oposicionistas sob a liderança do atual presidente, eram uma estratégia de tomada do poder destruindo tudo o que viam pela frente.

O fracasso da “social-democracia” e da estupidez da reeleição de FHC, tiveram a participação dos dedos “precisos” do mais sórdido filhote da serpente da prostituição da política que, depois de eleito, deixou cair sua carapuça de ser humano hipócrita, falso, mentiroso e desprezível.

Depois de passarem décadas enxovalhando as Forças Armadas, querem agora, com a cumplicidade de forças policiais civis, e de uma máfia de togados, submeter nossos militares a um enxame de investigações com o único propósito de colocar nossos oficiais da ativa e da reserva debaixo do obediente comando a um confesso fraudador da Constituição, que se associou aos comunistas para submeter o país ao domínio da mais sórdida burguesia liderada por um poder público meliante, corrupto e prevaricador.

“Desde a posse, esse senhor (*) mostrou-se destemperado. Seu discurso inicial já foi alvo de críticas pela inoportunidade e, até, pela grosseria. Seu posicionamento, quando do lançamento de um livro feito por comunistas derrotados e ressentidos por não terem implantado o comunismo no Brasil, ameaçando quem se pronunciasse contra, foi simplesmente ridículo, pela tentativa de intimidação dos chefes militares. Em momento algum, foi levado a sério, nem mesmo pelos esquerdinhas mais ferrenhos. Sabe-se, mas a prudência dos chefes militares não permite que se confirme, que andou levando uns trancos e se aquietou. Já é hora de mandar esse cara a ... bom, deixa pra lá... “ (Gen Div Murillo Neves Tavares da Silva)

(*) Ministro da Defesa (destaque nosso)

A prepotência, a ousadia, a falta de discernimento dos limites da canalhice contra o país, está tirando desses patifes do comunismo corrupto e prevaricador a noção do perigo. O pior deles, talvez, já tenha alguma consciência, pois já providenciou outra cidadania para sua família. Precisa apenas ter tempo de entrar no seu palacete voador, depois de ter liderado a corrupção e o esvaziamento das instituições e estar comandando o governo mais corrupto da história, com o claro objetivo de implantar no país o Estado Comunista de Direito em projeto comum com o Foro de SP.

Apesar de nossas críticas à atual omissão das casernas, temos certeza que nossas Forças Armadas não irão permitir que a saga comunista tenha sucesso no seu intento de destruir nosso país, nem que seja necessário recebê-los à bala quando tentarem molestar os oficiais que ajudaram a livrar o Brasil das mãos do comunismo corrupto.

Geraldo Almendra
27/setembro/2007

Nota Fiscais darão desconto no IPVA