quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Após absolvição de Renan, oposição ameaça parar o Congresso

Oposicionistas querem acabar com sessões e votos secretos.
A oposição ameaçou paralisar as votações no Congresso Nacional caso Renan Calheiros (PMDB-AL) permaneça na presidência do Senado.
A exigência para que Renan renuncie ao cargo tem o apoio do PDT e do PSB, informou a senadora Patrícia Saboya (PSB-CE). O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) também participou do encontro da oposição.
Para pressionar Renan a deixar a presidência do Senado, a oposição exige a aprovação do Projeto de Resolução que acaba com as sessões secretas e da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que põe fim ao voto secreto.
Os oposicionistas querem ainda a votação do projeto que determina o afastamento do parlamentar que responder a processo por quebra de decoro do cargo que ocupe na Mesa Diretora, da presidência das comissões e do Conselho de Ética.
"São medidas de força. Ou ele sai da presidência [do Senado] ou o Congresso pára", desafiou o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN).
De joelhos
Para o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), as exigências da oposição são uma tentativa de "reconstruir" o Senado.
"A Casa está de joelhos, desmoralizada. O Senado foi ferido de morte. Então, nossa reação enérgica é para reconstruir o Senado. E é nesse sentido que essas medidas vão", disse Arthur Virgílio, acrescentando que Renan calheiros não tem condições de comandar o Senado.
"Não achamos que o Renan venceu. A democracia perdeu. Ganhou apenas a crise. Ele perdeu e perdeu porque não reúne as condições para governar mais a Casa", completou.
As medidas anunciadas pela oposição, segundo José Agripino, podem forçar Renan Calheiros a renunciar à presidência.
"Ele tem dito repetidas vezes que a licença e a renúncia não fazem parte do vocabulário dele. Não acredito que ele vá tomar uma atitude dessas", afirmou o líder do Democratas.
TIAGO PARIZ
Do G1, em Brasília

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